Boa noite, vento. A vida não poderia estar mais ‘brisa’, vê se sopra um pouco, vai! Ô dias infelizes, pessoas deploráveis e assuntos irrelevantes. Não poderia estar melhor, já diria o masoquista. Dias e dias, tempos e horas, ventos e tentos. As perspectivas se entrecruzam formando um emaranhado que não se desfaz, um tramado no qual você só pode se jogar, ou se cobrir, tecidos são tramados, não? Bem que a vontade acomodada já passou dos limites e agora não me deixa mais pensar em outras situações, pudesse eu gritar no ouvido de quem me escuta, fazê-los não mais me escutar, CALMA, quem me escuta?
Ser poeta é essencialmente não ser poeta.
Volto a dizer: ”Eu avisei”. E sou estúpido, sem coração, sem tato. Ora, não há maior desacato que pensar em dizer e falar sem entender. Não faz sentido. Não fez sentido. Vamos rimar e ser esdrúxulos ou vamos ser esdrúxulos em rimas ricas, leoninas, toantes, cruzadas, em paranomásias, quiasmos, metáforas e alegorias. A vida pode ser assim. E você um grande mentiroso.
“Penso, logo existo”, o contrário é válido? Posso inexistir ao deixar de pensar? E ao escolher não pensar? O Não pensar oculta ou destrói? Ele vela ou insurge? Não fez sentido. Não faz sentido. Se entender a si mesmo é ser seguro de si, sou uma fortaleza de janelas sem grades e portões escancarados donde não saem os presos, falta entender o motivo.
A alegria de procurar é ter a esperança de achar, enrolei. Encontrei na esquina dum pensamento uma criatura mitológica que me prendeu sob um manto negro. E o sentido? Não fez, Não faz.
Não faz sentido entender, CONTAMINE-SE.