quinta-feira, 6 de março de 2014

Das exíguas lágrimas

Emudeço. Não sou sujeito e não me proponho ser. Adiante vejo somente um desvio e começo o retorno, então paro, e volto. Pego o mesmo retorno e me vejo novamente na mesma linha de giz da qual tirei partes com a ponta do pé. Não há leitor, não há. É dissabor, é contrição, pesar.

E mesmo que minhas janelas sintam, aflijam-se. São exíguas as lágrimas, pó e a causa; o meu padecer é imensurável e extingue torrentes de pérolas sabor água do mar. O vento que assovia meus ouvidos é o sopro da boca que me beijava, o grito do corvo é a voz daquele que declarava e o sol nos meus olhos é sonho com resplandecente face.

Quiçá passaria, mesmo que de forma sem fôrma, euforia, e traça linhas e trança corpos e destrói receptáculos. E reata e sara e cura e será, será ilude?

Leitor, sou apenas. E só.


E agora?




Futari warutsu no you ni ne mawarinagara
Egakidashite yuku mono

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