sexta-feira, 17 de julho de 2009

A luneta mágica.

"Se o mundo é de enganos, se a vida é de ilusões, se na terra a felicidade do homem está nas ilusões dos sentidos, e nos enganos da alma,eu quero iludir-me e enganar-me para ser feliz".

Eu tenho uma leve e um pouco verificada suspeita de que Joaquim Manuel de Macedo foi precursor do que estudamos hoje como a genialidade literária brasileira. Eu gosto do prazer de ter a razão.

Existe uma suposição, de alguns séculos, repleta de abscesso. A inflamação implicitamente mencionada provém de uma ferida que parece nao querer cicatrizar.
Esse demonstra ser o grande problema de se querer possuir a verdade.

O avanço no tempo do universo foi bastante significativo. A História pôde ser constituída. Isso me faz sorrir (Sim, eu, ainda estou aqui). É o tal do Metal Contra as Nuvens mesmo, principalmente no tocante à última estrofe. Se os meus símbolos forem lidos, serei eu mesma quem escreve e não o meu heterônimo, que é a terceira pessoa.

De todas as possibilidades desenhadas, nenhuma sobrou para que pudesse ser apagada, é por isso que as letras se acumulam. Quem tem perguntas tende a manifestar-se, porque elas doem. Quem doem? As perguntas?

Se as perguntas são as feridas, as manifestações ajudam a cicatrizá-las? Pensei sobre isso agora, e creio que, infelizmente, o apostema será imortalizado com a arte. A imortalização de uma crença, de um porquê, torna passível de serem lembrados os dias nos quais houve crucificação. Entretanto, há um contraponto: Eu vejo libertação na cruz. E agora, sinceramente, depois de hesitar um pouco, não acho que essa metáfora foi mal posta. Ocorreu-me que relembrar, recriar, rever e reconstruir são infinitivos de um propósito de salvação.

Eu posso ser salva quando não tiver um pingo de razão.
A salvação é uma arte. A busca por ela, também.


Um comentário:

Aubergine disse...

VocÊ está pirando...rs.
Anda pensando demais no porque de tudo ser como é.
E quem não pensa afinal, não é mesmo?