segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mad World


________Hey Leitor, o mundo é um lugar legal, né? Pois aí vai um link massa do quão legal é o mundo no qual vivemos (+18, imagens horríveis) (IEB). Mas não vou comentar isso hoje, nem amanhã, nem esperem que eu comente, diz por si. Hoje quero falar desse mundo insano no qual vivemos, no qual passamos nosso pouco tempo, ou muito, pra você o copo estará sempre quase cheio ou quase vazio? Pra mim está... bem, todos os dias vemos o quão avesso está nosso lugar legal, ou não, podemos estar totalmente entorpecidos para ter essa visão. Mentira, não existe isso de ‘esqueci, tava ...’ . As porcarias que usam servem só como desculpa para liberarem o eu que existe em você, geralmente um eu animalesco, opa, ofendi?

Pois aí vai meu eu pra vocês. ( meu eu ) Opa, não entendeu? Eu, sou eu, mas um eu, feito de palavras, eu sou um eu construído por todas as coisas que escrevi aqui para vocês, sou um eu pelos desenhos que já passaram pelo topo do blog (ta vindo um novo, logo), sou um eu pelo meu twitter que deixei no último post, pelo meu perfil desatualizado, pela minha foto antiga (vou trocar). Sou um eu construído, não sei se para parecer mais com meu eu interior ou com meu eu exterior, mas ainda assim se assemelha a um eu, meu. Então dane-se minhas palavras, quem sou eu? Sou você, sou o leitor, minhas palavras não têm mais controle após estarem publicadas, após serem lidas, eu mesmo não me entendo depois que termino. Joguei fora a revisão, me espelhei no mundo. Vi um filme que falava que a primeira prisão do ser humano é a categorização de identidade sexual, e que só haverá uma revolução com a derrubada das identidades sexuais, relações monogâmicas, tudo papo da esquerda.

Nem tão certo, nem tão errado. Categorizar-se em esquerda ou direita, ou centro, ou tanto faz, ainda assim é categorizar-se; estritamente, não se categorizar é tomar partido, mas isso não interessa, não é? Vou continuar escrevendo meus poemas na parede, para que eu pinte e ninguém leia, mas vejam que pintei, que tal poetizar a ausência de versos e estrofes? Que tal um poema mudo, vazio, um poema não escrito, mas ainda assim poético.

NÃO, me perdoe, leitor, foi um surto pós-moderno.






Edit:
Pra ninguém pensar que eu sou pessimista demais, vou por aqui no final um link que a Kamila me passou hoje, vale a pena assistir: http://daleth.cjf.jus.br/vialegal/materia.asp?CodMateria=1478

2 comentários:

Kamila disse...

Talvez essa ambivalência seja capaz de provocar em nós um equilíbrio em busca da construção sólida. Acredito na sanidade como consequência dessa manutenção do que pode ser eterno. Mas eu também tenho medo. De tudo, inclusive de mim.
Surte sempre assim pós-modernamente. Eu gosto :)

P. Florindo disse...

Oi, surtado!

Eu sempre soube que você era surtado. Você apenas confirmou o óbvio.

Bem, é mais fácil fechar os olhos do que protestar, né? Então vamos fingir que nada vimos e que nada podemos fazer. Continuemos a viver a cegueira da pseudo-felicidade.

E o Rubens que o Rubens acredita ser, talvez não seja o Rubens que eu acredito que o Rubens seja. Quem és?