Às vezes eu duvido dos acontecimentos; sejam bons ou ruins, incríveis ou normais... Quando a vida começa a parecer filme, eu duvido. É bom ou ruim? Eu me pergunto sempre. Talvez bom para que se mantenha o pé no chão e analise o que acontece com calma e parcimônia, mas, o defeito de pensar demais, agregado a isso, pode complicar. Não sei ao certo o que dizer disso, leitor. Você e eu poderemos notar na escrita uma evolução coerente, afinal, podem-se conectar as diversas frases, pontos e desencontros entre os textos aqui, frutos do pensar demais, sobre as diversas coisas. Ter sobre o que dizer é fato. Não dizer é escolha. Posição, tanto faz, você terá, dizendo, não dizendo, gritando... Se penso e existo, logo desisto..?
Verdades são fluidas, algumas não, e agora? Como afirmar e logo negar, feliz ou infeliz? Frutos do pensamento não deveriam ser colhidos, porque logo caem; se apodrecem, não sei, mas caem. Colhê-los é escolha arriscada, quem dirá comê-los. É, pensa-se demais. Pudera também, o nosso mundo rui... E tudo que era simples, complica. Veja aí, educar, viver, rir, chorar, formar família, respirar... Tudo se relativizou. E amar? Fica a questão.
O problema mais grave é julgar, nunca relativo. Julga-se, e julgamos. Julguemos. Desmedidamente... é um pecado. Julgar-se talvez seja a tarefa mais árdua, pois é tão mais fácil e simples julgar outrem. E, com o perdão da expressão, “foda-se a hipocrisia” impera nas mentes mais críticas, as mais obtusas desconhecem o conceito. Pedir socorro é inútil, agarrar-se em alguém, fluido. Cresci ouvindo que só devemos confiar na família; leitor, e quando nem a família nos serve? (o que não é o meu caso) Devemos depositar confiança em outro? Ou outros?
Meus primeiros pensamentos e respostas seriam “não(s)”. Confie em si e cuide-se. Mas, você, leitor, se, fonte de confiança, não se disporia a ser porto-seguro de alguém? Mas calma, leitor, você tem que fazer um belo exame de consciência antes disso... Você é seguro de si? Solidamente seguro? Se não, só há possibilidade, se a construir. E essa construção não será possível a duas mãos. Você precisa de mais um par. Eu puxo daqui, você cola ali, e assim constrói-se.
Música que o autor do "O Cão Ocidental" postou hoje no Facebook.