Fazia tanto tempo que eu não olhava para o céu... E logo quando olhei foi na madrugada, em suas 4 badaladas.... O céu misturava cores para pintar o amanhecer que logo viria, haviam nuvens arroxeadas escondendo o brilho tímido de estrelas que poucas vezes aparecem, e a Lua, sumida, pálida, evanescente...
Reticências marcam esses pensamentos, suspirados em 30 segundos de contemplação, logo após o céu emocionou-se e derramou finas lágrimas sobre meu rosto, tudo tão bonito, e o mundo lá fora. Não sei se hoje quero pensar ou falar ou olhar ou enxergar ou refletir ou viver o mundo lá fora. Ou sim ou não. Dou-me escolha.
Há quanto tempo você não olha o céu, leitor? Há quanto tempo você não faz sua própria terapia? Seu exame reflexivo, sua análise de consciência? Sei que eu não o fazia há muito tempo, eram tão produtivos aqueles tempos. Cuca fresca, diriam os avôs, éramos cuca fresca.
Às vezes os gritos mudos surgem, mas não se manifestam, agora são gritos mudos para cegos surdos, ninguém nos vê, ninguém nos nota, desculpe, sou ingrato. Mas não nos conhecem. E a lua, Ah! A lua.
2 comentários:
Olho para a Lua e as estrelas quase todos os dias ao pegar a minha toalha estendida no varal. E tudo brilha numa intensidade maior quando as luzes ofuscantes da cidade se apagam devido a um blackout (apagão, em inglês).
Acho linda a Lua cheia que aparece no horizonte logo após o Sol se por, numa enorme bola dourada paracendo o Sol de Mayo da bandeira da Argentina e do Uruguai. Misantropicamente falando, a Lua e as estrelas são maravilhas do Universo que o homem ainda não destruiu.
You had better to look at the sky.
*you had better look (sem o to).
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