sábado, 2 de julho de 2011

Foco, rumo e a chuva

     Dias chuvosos sempre são interessantes, exceto quando duram muito tempo. A chuva é um espetáculo, não lembro de ter dito dessa forma; são aqueles milhões de gotículas caindo e aos poucos envolvendo cada molécula do que tocam... Será a chuva uma metáfora do amor? Não o sei, pois definir ambos é complicado, podemos nos ater a uma explicação simplista e questionável desses conceitos. Creio que sim. Mas não acredito que o assunto seja interessante ou adequado a esse momento, talvez falar da falta ou dos humanos que a sentem ou pelo que sentem é mais plausível, mas não o faço. Nem um nem outro.

     É complicado entender, principalmente quando o que se tenta entender não está em você e sim no outro; entender as reações e palavras, as verdade e inverdades, o real e o simulacro, complicado quando só há um lado dessas reações e palavras, se quase todo o tempo só há verdade, real, pura, explícita. Muito melhor, verdade, já que dessa forma você não precisa primeiro 'adivinhar', é, tão somente, entender. A compreensão é algo tão fluido, os diversos entendimentos dependerão da maneira como se colocam as afirmações, linguagem não dá conta, nunca, e é possível que a odiemos por alguns momentos.

     Será o amor, feito de linguagem? Não me atenho a esse ponto, pois não é meu foco hoje. Parece óbvio que o sujeito na linguagem 'criará' e fará usufruto somente do que nascer no seio dela. Mas esse não é o foco, álias, não sei o foco, hoje. Talvez não houve nenhum desde o início, ou poderia acontecer de o foco não me agradar e eu tentar mantê-lo só na linguagem mental, quem dirá?

2 comentários:

P. Florindo disse...

Se as palavras faltam, falham ou são insuficientes, quiçá gestos e a linguagem corporal de forma geral exprimam o que se sente. Ou o que se quer sentir.

Aubergine disse...

Nessas horas é que eu vejo como sou apaixonada por análise do discurso! rs