quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O Homem e o pó – um dogma.

A teoria darwiniana não é mais suficiente. Não abrirei uma discussão acerca das possibilidades aceitáveis ou verdadeiras sobre a evolução; e sim sobre a substituição, ao longo dos tempos, de tudo que nos rodeia.
Primeiramente um pequeno esboço de um ser vegetal explicava quase todos os questionamentos da existência terrena, para uma época. “Explicaram-me, convenceram-me e decidi não questionar, a ignorância é muito confortável”. Quando uma situação proporciona estabilidade, conveniência e contentamento é difícil optar por saltar de para-quedas.
Já devo ter falado isso aqui: as perguntas têm início quando incomodam e doem. Ocorre que os galhos se ‘embaralham’ e nada mais é tão suscetível à explicação. As descrições passam a não ser tão bem aceitáveis como outrora, e o vertical passa para horizontal. Agora há troca de material genético, troca de informações (entenda como preferir) e a verdadeira evolução acontece.
“Não adianta escrever meu nome numa pedra, pois esta pedra em pó vai se transformar”¹. Infelizmente - pelo menos pra mim, que hoje vejo o apego como algo condicional e passível de desconstrução - tudo é substituível. No entanto, bem no fundo deste raciocínio tenho esperanças de estar escrevendo aqui grandes bobagens sem fundamento. Mesmo que o barroco venha me dizer que a firmeza existe na inconstância, ainda assim contos de fadas insistem em bater na porta com um convite de retorno à comodidade.
A efemeridade e a instabilidade das coisas do mundo é que compõem os pleonásticos fatos reais!


1. Nuvem Passageira (Hermes de Aquino).

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