quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Uma falsa metáfora, talvez.

É verdade, eu preciso, outra vez, achar um jeito de dizer uma coisa sem dizê-la.
Sempre existiu um espelho aqui na parede e, não sei por que motivo, havia numa daquelas projeções de mim a necessidade intrínseca de observação. A visão a partir de um determinado ponto pode fazer o que quiser com os seus alvitres. Creio ser isso o que sempre ocorreu à imagem percebida. Percebida, claro, porque ver é algo bem complexo, enxergar então,uma completude sem mensuração. Mais uma dicotomia à espera de sua análise.

Os argumentos sempre encontraram base no que se percebia, e eles solidificavam-se. As idas e vindas ao espelho se faziam agradáveis quando a percepção era compatível com o esboço. Permanências foram criadas. Comodismo e adequação nasceram. Falsas raízes surgiram. Foi quando a chuva parou. Eu não sei ao certo o que o fenômeno pluviométrico tem a ver com isso, mas o fato de regar o que cresce do órgão de fixação e absorção produz frutificações incríveis, mas não necessariamente positivas. Foi quando teve-se de encarar o duro sol.

A ignorância é muito confortável. Por que abrir mão dela? Talvez porque você seja masoquista. Deleitar-se com o próprio sofrimento? Eis o convite.
Perdão. Mas, "quais são as palavras que nunca são ditas" ?

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