terça-feira, 28 de abril de 2009

Taciturno desassossego

Sinta a batida, sente isso, leitor? Não, você não está escutando a mesma música que eu, pode nem estar escutando nada. Sinta então o vento! Mas sua janela está fechada agora? Hoje está difícil, leitor, muito difícil. Desisto, como assim? Fácil assim? Vamos falar de pessoas! (grande coisa, não, leitor?).







Algumas vezes eu já falei daquelas pessoas que entram na nossa vida e insistem em não sair, insistem não, mentira, você sabe que na verdade é sua culpa elas continuarem lá. Mas elas merecem, sabe tu, que elas merecem. Pessoas necessitam de você? Não, sabemos que não, mas você necessita delas? Ah! Isso sim, sabíamos nós, que sim.

Conheço um par de pessoas assim, quando falo um par, quero dizer que são duas pessoas, duas mesmo, difícil serem mais. Pessoas que quando estão presentes, mesmo que não falem nada, deixam o ambiente agradável, e o leitor há de convir, parece que falei de uma decoração, pessoas com cara de paisagem.

Não não não! E não! Não falarei de pessoas com cara de paisagem nesse meu post de parágrafos curtos. Falo de pessoas agradáveis, queridas, bonitas, bem vestidas, glamourosas, dignas, com caráter e algo na cabeça. Pessoas que tem o que falar, o que conversar, e por mais que estejam entediadas, não entediam você.

Pessoas assim são difíceis de encontrar, certo? Então por que não se tornar uma delas? Leia livros, assista a filmes, vá ao teatro, admire pinturas, escute música... Dentro dessas atitudes, pode-se incluir o quesito (bom e ruim de acordo com o gosto de quem faz), veja o bom, veja o ruim, desenvolva a sua opinião e não termine repetindo o que escuta na televisão.

Alienação, palavra-chave da vergonha nem tão vergonhosa na qual as pessoas atualmente se encontram. Escutar, engolir, repetir, ler, não entender, inventar, escutar, engolir, repetir........... É necessário realmente um sentimento antropofágico, conceito já difundido tempos atrás, no século 20.

Seleção, prega a antropofagia. Selecionemos o que vamos usar, desenvolvamos uma opinião crítica, levantemos nossos malditos traseiros e reivindiquemos algo melhor para todos. Percamos o sentimento individualista de sempre.

Egoísmo, sentimento sublime do ser humano, o bicho-homem está bichado. Precisamos de mais pessoas que nos façam sentir melhor, talvez para pisá-las.

Altruísmo, do que mais precisamos nesse momento e somos hipócritas o suficiente para levantar a bandeira e não seguir exatamente o que pedimos ou dizemos.

Veremos hoje, amanhã, qual será o próximo passo, mas com certeza contaremos sempre com a presença das nossas amizades paisagem, ou não, aquelas que realmente valorizamos e as vezes não entendem a nossa afeição.

Agora somente eu, fica tu, ficam vocês, é tudo silêncio.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Necessidade de abstração?

Menos sintético hoje. Pensar em demasia pode conceder ao seu interior algo que ainda não existe.
A linguagem corporal parece bastante eloqüente quando diz o que não se quer ouvir. Abstrai-se. Num outro extremo, a chegada e o sorriso comovem ao ponto de jamais ousar pensar naquela abstração.
Dois passos atrás. O suficiente para não criar o improvável e o bastante para enxergá-lo ao longe. Vantagem desnecessária; só para depois ter de retornar mais dois passos e esconder-se nas belas moradas. E talvez sejam realmente belos os sorrisos, confortantes os olhares. Contudo, o ínterim entre o não ser e o ser é sobretudo a imagem de alguém gesticulando ao nada com uma boa música.
Temores destroem, vontades corroem. E eu, eu, ah , primeira pessoa, apareça! Eu tento me mostrar aos poucos, na medida em que as paisagens se tornam consoladoras e o sol não pareça tão duro de ser encarado. Eu vou, eu volto. Vou, volto. Vou? Volto? Ó, sensibilidade incoerente...
Remover as mazelas propulsoras de um determinado olhar é tão gracioso quanto a possível experiência transcendental, à qual ainda não se teve acesso. Uma elevação de alma e uma reelaboração desta, um “oi, tudo bem?” com continuidade, uma edificação de possibilidades.
Possibilidades pro que talvez possa nem existir; mas pensar, ah, o pensar não pode te revelar, primeira pessoa, você está segura dessa forma.
Caso a bússola vier a ser traidora, é válido lembrar que o improvável gosta mesmo de se esconder, embora não seja inalcançável.
Em não-síntese, as conseqüências precisam criar alguns laços, portanto. E sim, claro, elas são odiáveis em momentos de total coerência.
Uma demanda às manifestações da analogia, aos anos vinte, à trilha sonora, à criança de olhos brilhantes que contempla a cidade, de dentro de um ônibus. Por favor, que meu silêncio seja lido, interpretado e guardado.
Que não haja abstração da esperada relação locutor-interlocutor.
Obrigada.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Guarda-chuva paradoxal





Imagine-se sentado em um sofá esperando alguém para te acompanhar em um filme qualquer. Todos nós já passamos por isso, não? Leitor? Hoje escrevi esse meu post sentado em uma dessas poltronas, numa espera de segundos aparentemente inacabáveis.

Na minha ânsia de analisar os ‘bichos homens’ e também os tão evidentes ‘homens bichos’ descubro, ou melhor, percebo como existem categorias e sub-categorias de bichos homens. Categorizam-se. A maioria são jovens que procuram se encaixar em uma categoria, por ‘n’ motivos.

Olho a minha volta e posso classificá-los de acordo com o que eles dizem uns dos outros. Emos, roqueiros, rappers, metaleiros, mauricinhos e patricinhas, piriguetes, etc.. Há também aqueles que se encaixam numa categoria diferente, uma espécie de sub-categoria; os que usam camisetas de times de futebol, os que estão com família; mulheres fashionistas e recatadas, liberais e linhas-dura. Uma diversidade desmedida.

Há quem critique esse tipo de inclusão, porém eu não o faço, de certa forma, é interessante que existam grupos heterogêneos, ao invés de todos sermos iguais. Seria divertido se fôssemos? Diga-me, desmedido leitor, o que você acha que seria do mundo se fôssemos todos iguais?
Antecipo a melhor e mais provável resposta:

“Se fôssemos todos iguais fisicamente e na maneira de vestir, as pessoas aprenderiam a dar melhor valor para quem realmente merece; se importariam em conhecer as pessoas como elas realmente são, e não pelo que vestem ou como (ou com quem) parecem.”
Não seria interessante? Talvez sim. Mas o fato é que a grande maioria das pessoas, se assim ocorresse, não seria nem metade do que pensam ser. Não existiria o chamado ‘amor a primeira vista’ como muitas pessoas gostam de afirmar, a não ser que tal sentimento transcenda o limite do corpo, seja incontrolável.

Fiel Leitor, nesse momento você é igual a todos os outros, você tem o que mostrar? Você é uma pessoa por completo ou uma unha postiça pintada com esmaltes coloridos com pequenos strass colados nas pontas?

Muitos bichos homens sucumbiriam a essa pergunta, não conseguiriam dizer que poderiam ser algo além do que tentam mostrar ser. Talvez esteja na hora de conhecermos cada um que fica embaixo desse guarda-chuva paradoxal chamado ser humano. Desanuviemos a visão do mundo e encontremos o verdadeiro eu defeituoso debaixo da casca. Você, leitor, irá se surpreender.

Vou-me, pois minha companhia já chegou e a deixarei acolhida debaixo do meu guarda-chuva paradoxal, assim me conhecerá e saberá se sou ou não digno de sua companhia.




Vivemos ainda no tal mundo arlequinal!



domingo, 12 de abril de 2009

Desça!

Oi. Hoje se é um pouco daquilo tudo e tem-se o peso do que não se foi capaz de construir. Ao criar alguns ditames, exclui-se da posse de possibilidades.

Em verdade, não há como explicar por que não se pôde correr. Ou sim. Vislumbremos uma tentativa.
Amarram-se os próprios pés. É mais seguro, existem caminhos que não merecem ser percorridos, os pés sensíveis e delicados poderiam voltar em mau estado.

Raciocínio primeiro: Por que os pés eram delicados?
Raciocínio segundo: Por que mantê-los delicados?
Raciocínio terceiro: Existe mesmo um terceiro raciocínio?

Não haverá nenhuma construção lógica aqui, apesar de que, ultimamente, a organização das idéias foi capaz até de montar silogismos. Inúteis, claro. Se eles fossem aplicáveis, hoje não haveria texto algum elaborado por alguém que resolveu amarrar as mãos também. (Parece mais seguro, sabe?)

A hipótese de amenizar a escrita com a chegada do esperado parece consoladora e de grande alívio. No entanto, o que se questiona é realmente para quê. (?) Qual a utilidade prática de um acontecimento confortante em momento de “MoonLight eyes”?

Muito provavelmente, o real acontecimento confortante é este.
É.

A sobrevivência tão mencionada carece de limites. Sua expansão ganhou tamanha dimensão que as mãos tomarão vontade própria, desamarrar-se-ão, puxarão a cordinha e descerão lá na beira do mar, naquele bairro que não se sabe o nome.


“Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu”.




Tchau.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Perseverança

Há motivos para perseverar, vos digo que há. Muitas pessoas perderam a esperança na vida, perderam o seu sentido de perseverança. Como disse no meu último post, há pessoas que montam sua barraca no seu coração e lá permanecem. Estas pessoas são o principal motivo pelo qual devemos perseverar na escritura do nosso caderno vital.

Caros leitores; Vamos conjeturar. Conjeturemos que por algum motivo uma destas pessoas saia da sua barraca no seu coração e o explore, por todos os lados e descubra o ponto exato onde deve ficar. Essa pessoa se torna o âmago do seu coração, se torna a luz dos teus olhos, move tua vida de uma forma que você nem poderia imaginar. Mas tudo não é como sempre queremos que seja. Infelizmente a vida é cruel nesse aspecto e os ‘homens bichos’ são mais abundantes que os ‘bichos homens’.

Você acaba de receber uma ligação, apreensivo leitor. Uma pessoa importante te liga, uma pessoa que tem uma ligação com a pessoa que está no seu coração. Pede para que você por amor a pessoa que te move, deixe essa pessoa, pois não acredita que tal pessoa será feliz com você. O que você faria, leitor? Abandonaria a pessoa para que ela seja feliz? Ou com sua certeza de que o abandono só dará razão para quem te ligou, dá força para a pessoa que amas a fim de mostrar que tudo que tu sentes é verdadeiro?

Ah! Leitor! Eia! Leitor! Não tenho como prever, ainda, o que você irá responder nessa questão. Mas tenho que concomitante a isso, dizer que a vida é curta, a juventude passa e não devemos deixar as pessoas que amamos de lado, dizem que ninguém é insubstituível, mas, seu coração é substituível? Quando uma pessoa se torna seu coração, sua vida, sua alma, se torna tão intrínseca a você, é possível substituí-la?

Não façais nada do que te arrependereis depois, vós sois únicos. A vida é uma só e deveis aproveitar cada momento. Poderiam ser as palavras do tal Deus que todos falam, não? De certa forma é, mas não quero entrar no mérito da questão. Só quero dizer a todos os leitores, não deixem passar na sua vida alguém que você ama, mesmo que depois não dê certo, melhor do que se arrepender de não ter feito.

Por hoje é só, leitor. O que você faria? Persevere na sua vida por tudo o que você deseja.

domingo, 5 de abril de 2009

Intrepidez

Algumas pessoas chegam à nossa vida, montam sua barraca e permanecem dentro do nosso coração. Pode parecer piegas caro leitor, mas, é realmente o que acontece, não?
Mas não quero falar dessas pessoas hoje, e sim, das atitudes que tomam que nos influenciam em todos os aspectos. Atitudes intrépidas, recheadas de significados, muitas das vezes nos incutem um gás novo na alma, uma vontade absoluta de seguir em frente e trilhar ainda mais nossos oblíquos caminhos.
Pessoas, ah, pessoas. Bichos homens que inventaram uma sociedade cheia de regras e frescuras. Criaram inventos absurdos, puderam voar, ir ao espaço, comunicar-se remotamente. São esse bichos homens que também são responsáveis por essas barbáries que assistimos de vez em sempre pela televisão. Bichos homens complicados, absolutos, bichos...
Intrépido Leitor, você tem um ídolo? Não vale dizer mãe e pai que são ídolos da paciência por nos agüentarem durante a vida inteira, mesmo quando saímos de casa eles ainda se preocupam. Tem? E o que esse ídolo fez de bom? Salvou alguém? Ajudou o mundo? Ou é seu ídolo somente por uma bela voz? Atitude diferente? Beleza descomunal?
Há pessoas e pessoas, bichos homens e homens bichos. E muitas vezes escolhemos homens bichos como nossos ídolos. Estes são expressivamente baldados e não tem representação nenhuma de honra ou bravura. Devemos fazer uma grande escolha durante a escritura da nossa história. Ser bicho homem ou homem bicho.
Faça sua escolha humano leitor, e, traga um novo tom a sua vida, novas cores e novas amizades, novos bichos homens e novas felicidades.
Pela sua coragem, sua determinação, sua felicidade, força, honra, luta, parabéns!



PS: Estou com dificuldades de postar por conta de provas na faculdade, agradeço desde já a compreensão.