Os meus imperativos estão desgastados, mas ainda me é possível ousar dizer "sobreviva!". Não é porque um melodrama insiste em preencher um determinado espaço que a jornada provará o escopo novelístico.
Insiste e persiste em existir uma frontaria moldada pelas tentativas. A questão é que elas, muitas vezes equivocadamente classificadas como erros, pintam-nos uma fachada colorida.
Eu tenho medo das cores. O meu cenário "longa-metragem remoto" é bastante cômodo. Azul, amarelo e vermelho me assustam. Os diferentes comprimentos de onda de radiação eletromagnéticas visíveis são super heróis, que às vezes desejam transmitir seus superpoderes. Isso também me assusta. Contêm uma beleza capaz de modificar a involuntariedade do relógio.
Um tempo. Muito diferente do que deveria ter sido, muito distante do que poderia estar sendo. O tempo devagar, O tempo que não tem pressa. Antes, os ponteiros que corriam e não me deixavam acompanhá-los. Hoje, o retrocesso para o recomeço: a dor, a lágrima, a indiferença e uma possível reconstrução. O prefácio, talvez.
Eu sobrevivo.
Good Night, Fire Eater.
Um comentário:
Mulher Kamila e homem Rubens, caramba, vocês estão escrevendo muito, parabéns :)
Silvio Somer.
Postar um comentário