sábado, 16 de abril de 2011

O calor da tua mão





Caro leitor, hoje, eu não gostaria de dar as habituais voltas, nem ser tão direto e claro como tenho me cobrado ser, talvez porque seja necessário tentar algo novo, me esconder nas palavras e me mostrar mais pessoalmente, ou talvez seja porque já o faço. Mudanças são sempre bem vindas, ou não? Não sei a resposta, e admitir não saber é como me propor sentir uma dor, me torturar novamente. Talvez pelas palavras que sempre me revelaram aqui, seja nas alegorias ou nas construções, eu não me fiz, eu só me escrevi. Fazer-me necessitaria de um pouco mais do que palavras, mas nem toda construção alegórica dá conta, ela sempre será caricatura. Alô, metáfora.

3.987.654.236,5 ¹² perguntas surgem na minha cabeça a cada segundo, humanamente impossível. Talvez eu deva me ater a alguma que eu possa responder, mas não, só me intriga a forma de chegar lá, não a chegada em si. Como é possível sentir tanta falta de alguém? Isso não pode ser respondido, alguém aí sabe? Leitor? Faço meia pergunta. Procuro contar estrelas e me pego pensando, em quê? Não, pergunta errada, em quem? Sinto medo.

Como medir a intensidade? Não me venham com fórmulas físicas, não me venham com balanças e aparato tecnológico, muito menos com baboseiras espirituais, não se pode mensurar sentimentos. Tenho a cabeça dura, eu sei. Mas mesmo que ela seja assim, não significa que é impenetrável, mas disso você já sabe. Preciso de ajuda, mas de uma ajuda específica, você sabe? Leitor? Peço socorro, mais uma vez.

Não é que eu queira me sentir mal, não, eu não preciso disso novamente. Nem sinto que o mal me acometa por estar longe, mas, mal me faz pensar nisso, pois aí a intensidade age, e vai corroendo. Conversa comigo? Não fique com essa expressão no rosto. Procuro um pouco mais do brilho, o meu apagou?

Compreendi, temos medo, ambos. Mas faz assim, eu seguro a sua mão e você segura a minha, podemos enfrentar isso juntos, ou, ao menos, tentar. Eu não largo, não afrouxo, corro se tu correr, choro se tu chorar, sinto o que tu sentir, mas, por favor, o que você sente? Eu penso demais nisso tudo, e essa é minha maldição; será que, como nos contos de fadas, um beijo resolve tudo? Ou essa seria só mais uma alegoria em que as ações é que fazem acontecer?

Ao mesmo tempo, não precisamos esperar um pelo outro...

Segura minha mão que eu seguro a tua.




Não lembro se já postei essa música, mas ela tá aí pra ilustrar tudo que eu disse :)

2 comentários:

P. Florindo disse...

Procure manter a cabeça ocupada.

As respostas chegam, cedo ou tarde então, o negócio é procurar evitar dar brechas às perguntas inquietantes.

Aubergine disse...

Fase Sandy Junior? Não imita, tá? rs
É até engraçado isso.. faz algum tempo estava vendo vídeos da Maria Gadu e vi ela cantando com a Sandy essa música que muito já cantei... Outro dia cantei pro meu amor.
Como somos sentimentais? Não ouça Vinicius de Moraes senão morremos de amor deveras.